Vapor Benjamim Guimarães, ícone das águas do São Francisco retorna ao seu leito em Pirapora

Neste domingo (1º/6), às 10h, às margens do Velho Chico, em Pirapora, no Norte de Minas, o tempo reencontra o seu curso: o Vapor Benjamim Guimarães, patrimônio vivo da navegação fluvial e única embarcação a vapor em funcionamento no mundo, volta a cortar as águas do Rio São Francisco. É mais que um retorno: é um reencontro com a memória, com o patrimônio que pulsa, move e transforma.

Após cinco anos de um meticuloso processo de restauração – conduzido com rigor técnico, sensibilidade histórica e respeito à alma da embarcação – o Benjamim Guimarães volta a navegar como testemunho das águas que contam a história de um povo. As intervenções contemplaram desde a substituição do casco até a revisão completa do maquinário, passando pela recuperação da chaminé, dos camarotes, da roda de pás e de todos os sistemas que compõem sua estrutura centenária.

A ação é fruto do compromisso do Governo de Minas Gerais com a preservação de seus bens culturais, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult-MG) e do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico (Iepha-MG), e da Prefeitura Municipal de Pirapora.

Monumento flutuante

Construído em 1913, nos Estados Unidos, o Benjamim Guimarães tem 43,85 metros de comprimento, três decks, capacidade para 28 toneladas de combustível e propulsão por roda de pás – um verdadeiro monumento flutuante. Após servir no Rio Mississippi e, posteriormente, no Amazonas, estabeleceu-se no São Francisco em 1920. Desde então, tornou-se parte indissociável da paisagem e da história de Pirapora.

Em dezembro de 2019, foi firmado um convênio entre o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e o Iepha-MG, com recursos do Ministério de Minas e Energia, por meio da Eletrobrás, totalizando um investimento de R$ 5,8 milhões. 

As obras tiveram início em novembro de 2020, sob a responsabilidade da empresa INC Indústria Naval Catarinense, com acompanhamento técnico do Iepha-MG, da Delegacia Fluvial de Pirapora, da Marinha do Brasil e da Prefeitura Municipal de Pirapora, proprietária da embarcação.

Fonte: Secult-MG

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