Poesia ‘Paracatu’ de Benito Klinger Ulhoa

O VISITE PARACATU apresenta a poesia de Benito Klinger Ulhoa, publicada no livro ‘Vidas da minha vida’ de 2004. O texto é citado no livro ‘Memória Cultural – Uma Antologia Paracatuense’, de Oliveira Mello, obra que apresenta a biografia de escritores nascidos na cidade. Confira!

Paracatu
Benito Klinger Ulhoa

Como um sonho de ouro lembro de ti,
Oh! Cidade sonhadora! Teus campos,
Paisagens, a beleza das praias tuas
Dos meus belos tempos que já vivi.
E daqueles dias lindos cheios de encantos
Das tuas noites belas de linda lua.

Das velhas pedras que calçam as ruas
Das velhas casas, generosa gente,
Das casuarinas, das velhas palmeiras,
Dessa calma que é somente tua!
Da suave melodia que aí se sente
Ao ver do dia a hora derradeira!

Lá do Alto do Córrego, emudecido,
O teu cruzeiro protetor envelhece
Estende para ti os velhos braços
Como se lhe tivesse agradecido,
Sempre vela por ti quando anoitece
Estreitando-te nos mais ternos abraços.

Teu jardim com flores rejuvenesce
E os canais de namorados aí passeiam
À noite, quando no céu brilham as estrelas,
E a luz da pálida lua se reflete
Nos córregos e praias que te rodeiam;
É que do céu descendo, Deus te beija.

Cidade, vivo em ti, vives em mim.
Vejo em ti a hospitalidade simples
A beleza natural do sertão.
Em ti eu vejo um florido jardim
Esse jardim florido que amo sempre
E que está dentro do meu coração.

Em ti eu vejo a generosidade
De gente boa, simples, hospitaleira.
Do teu leito exala-se, carinhoso,
O perfume suave, da tua bondade,
Da esperança da gente aventureira
Que pisa firme teu solo bondoso.

Livro: Vidas da minha vida, 2004, p.42
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