Poema ‘Paracatu Pede Passagem’ de Lavoisier Albernaz

O VISITE PARACATU apresenta o poema de Lavoisier Albernaz, publicada no livro ‘Viagem Absoluta’ de 1984. O texto é citado no livro ‘Memória Cultural – Uma Antologia Paracatuense, de Oliveira Mello, obra que apresenta a biografia de escritores nascidos na cidade. Confira!

Paracatu Pede Passagem
Lavoisier Albernaz

Era uma vila morena
Toda enfeitada de penas
Nos congos, nas tapuiadas;
Negras desciam as calçadas
Nas noites enluaradas
Nos tempos de chafariz.
Toca o sino da matriz
A cai de matiz,
No tempo feito de ouro,
Vila do príncipe louro,
Que os anos se contradizem!
Hoje a cidade morena
Deixou de vestir de penas…
De cantar seu “Bangolê”;
Eu queria tanto ver,
Seu nome virando um hino
E a terra de Afonso Arinos
Me transformou no menino
Qu’a viu, hospitaleira crescer!
Tem um sobradinho ali,
De lá outro casarão;
No portão velho do tempo,
Tem um sino com saudades,
Que repica com vontade,
Com vontade de voltar.
Amor não precisa idade
Hoje ela é dona do zinco!
Vem, passageiro, vem cá!
Temos amor pra dar,
Ouro também no baú
Tem muita coisa que ver
Quem vem a Paracatu!

Livro: Viagem Absoluta – Editora Itiquira, 1984, p.66.
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