Novo secretário de Cultura e Turismo fala sobre os planos para o setor em Paracatu

O administrador e pós-graduado em turismologia, Igor Araújo Diniz, é novo secretário Municipal de Cultura e Turismo de Paracatu. Nos últimos anos, o paracatuense, de 31 anos, esteve envolvido em diversos projetos e iniciativas ligadas ao turismo. Ele foi presidente da Federação dos Circuitos Turísticos de Minas Gerais (Fecitur) e exerceu o cargo de gestor executivo do Circuito Turístico Noroeste das Gerais e Alto Paranaíba.

Nesta entrevista, concedida com exclusividade para o Portal VISITE PARACATU, Igor Diniz destaca os planos da secretaria para o setor e fala sobre os desafios que tanto o turismo, quanto a cultura, terão para os próximos anos.

– Quais são suas expectativas à frente da Secretaria de Cultura e Turismo?

As expectativas são enormes e um dos grandes desafios é fazer com que o paracatuense conheça a nossa cidade e sua história. A nossa intenção é fazer com que os moradores valorizem, cada vez mais, o que a cidade produz, e trazer pessoas de fora para apreciar o que temos de melhor.

– Desde 2010, Paracatu pertence a um seleto grupo de cidades com o título de Patrimônio Histórico e Cultural Brasileiro pelo IPHAN. De que forma isso poderia ser melhor valorizado como um diferencial da cidade?

Creio que essa valorização vem através da educação. Nós temos um projeto em parceria com o Iepha que se chama Educação Patrimonial. Acredito que se a gente envolver a educação nesse viés, as pessoas vão se interessar mais pelas coisas da cidade. A ideia é trabalhar o sentimento de pertencimento dos moradores e assim teremos um resultado que é a valorização do patrimônio. Paracatu conseguiu esse reconhecimento de Patrimônio Histórico Nacional pela preservação do seu conjunto arquitetônico eclético, são várias eras em um mesmo local. Portanto, devemos fazer um trabalho maior de educação patrimonial para que possamos atingir essa valorização dos próprios paracatuenses.

A educação patrimonial é destinada para todas as pessoas, crianças, adolescentes e adultos. É uma forma de contar a história da cidade fazendo com que as pessoas vivenciem isso na prática, mostrando os lugares, explicando os fatos históricos, e assim as pessoas começam a entender e a olhar a cidade com novos olhos.

– Nos últimos anos Paracatu vem se destacando na tabela de pontuação do ICMS Cultural. Na última alcançou 21,55 pontos. Que estratégias vocês estão pensando para aumentar esse índice?

O ICMS Cultural e uma das principais ferramentas de investimento cultural que a gente tem. Nós vamos manter aquilo que deu certo e consequentemente aumentar o trabalho voltado para os critérios de pontuação, como a educação patrimonial, inserções no patrimônio material e imaterial, para que a gente possa aumentar a pontuação do município. Creio que é possível reverter ainda mais os recursos oriundos do ICMS Cultural em benefícios para a cidade. Em paralelo a isso, iremos trabalhar também o ICMS Turístico, que ainda está em fase inicial no município. Vamos modificar a Lei da Política Municipal de Turismo, o Plano Municipal de Turismo e a Lei do Conselho Municipal de Turismo. A ideia é fazer uma reformulação de todas as leis que regem tanto o nosso patrimônio, quanto o turismo, para que a gente possa melhorar e atualizar a legislação.

– Qual a importância do desenvolvimento de políticas de fomento à cultura e o turismo em parceria com entidades privadas e instituições da sociedade civil organizada?

É extremamente importante pelo fato que essas parcerias facilitam o trabalho da gestão pública. A gente não consegue fazer tudo sozinho. É fundamental as parcerias com as entidades ligadas à cadeia do turismo e a da cultura. Esse fortalecimento e a aproximação de relações é de extrema necessidade para que a gente possa efetivar as políticas públicas.

– O Festival do Patrimônio Cultural de Paracatu se tornou uma grande referência na região. Quais são os planos para o Festival e outros eventos culturais do município?

O Festival Cultural é um dos nossos grandes marcos. Creio que precisamos fazer algumas adequações no evento com relação a estratégia, iremos propor algumas melhorias e algumas inserções. A ideia também é fortalecer os outros eventos como a Mostra de Quitandas, Encontro Nacional de Motociclistas, Encontro de Carro Antigos, a Feira do Livro, as exposições da Casa de Cultura, e outro eventos até mesmo da inciativa privada com apoio e parcerias. A nossa proposta é formatar tudo isso e fazer com que funcionem de maneira sinérgica, fortalecendo o nosso calendário para que todos possam saber, divulgar e participar dos eventos. Mas tudo isso vai depender de como estaremos com as questões sanitárias relacionadas à pandemia do covid-19.

– A última gestão municipal deixou uma série de projetos em andamento como por exemplo a transformação do antigo Automóvel Clube em um Centro Cultural. O que a população pode esperar desses projetos já iniciados?

Todos os projetos iniciados terão continuidade, como o Centro Cultural e a Praça do Cristo, por exemplo. Já estão no orçamento, já estão licitados e serão concluídos.

– Com relação ao turismo de lazer, um dos principais locais do município é o Circuito de Cachoeiras do Prata. De que forma a secretaria poderia ajudar a fomentar o turismo na região?

Embora seja privado, a gente pode ajudar na formatação do planejamento. Primeiro precisamos entender as demandas que os proprietários têm e a vontade deles em fazer daquilo um negócio. A gente tem um projeto que é o de asfaltar a estrada de acesso, não só pelo Circuito de Cachoeiras, mas também porque é uma estrada que liga Minas ao estado de Goiás. Inclusive essa é uma das vontades do prefeito Igor Santos. Mas o que podemos fazer nesse momento é a manutenção e conservação da estrada.

– O que os grupos folclóricos e artísticos do município podem esperar da Secretaria de Cultura e Turismo para os próximos anos?

Nós vamos encaminhar para a Câmara a proposta de criação do Conselho Municipal de Políticas Culturais, que estará dentro desse conselho que irá atender essa categoria. E a partir disso vamos traçar um plano municipal de cultura e de lá vamos criar ações em parceria com eles para que possamos exercer e trabalhar isso.

Fotos: Arquivo pessoal

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