O Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais e do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico, lançou nesta quarta-feira (19/6), no Palácio da Liberdade, o projeto Caminhos do Rosário, uma iniciativa pioneira que integra as Congadas e festas do Rosário à política pública de turismo da fé, que movimenta R$ 5,5 bilhões ao ano no estado.
O lançamento ocorre logo após o reconhecimento, pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), dos Saberes e Práticas do Reinado e das Congadas em devoção a Nossa Senhora do Rosário como Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil.

Minas Gerais agora apresenta ao mundo o maior trajeto festivo de Congadas do país: são 701 festas mapeadas em 332 municípios, com mais de 1.100 celebrações anuais realizadas por 1.170 grupos ativos, incluindo congadeiros, moçambiqueiros, catopês e tamborzeiros. A cultura afro-mineira, já reconhecida como patrimônio estadual, ganha nova projeção como expressão viva de identidade, fé e pertencimento.
O projeto faz parte do programa Afromineiridades e visa fortalecer as comunidades tradicionais, gerando visibilidade nacional e internacional, além de transformar Minas em referência no afroturismo de base comunitária.
Caminhos do Rosário oferecerá, assim, um calendário oficial das festas, roteiros integrados de turismo da fé, conteúdo educativo sobre história afrodescendente e ações de capacitação e promoção, com lançamento da plataforma digital no portal minasgerais.com.br.
Turismo da fé
Com um turismo em franca expansão, mais de 32 milhões de visitantes em 2024, Minas amplia a visibilidade aos roteiros que unem experiência e espiritualidade. O Caminhos do Rosário soma-se a eventos como a Semana Santa, o Jubileu de Congonhas, as Romarias da Piedade e de Bom Jesus da Lapa.

Exemplos de destaque incluem: as Congadas de Uberlândia (50 mil pessoas), de Poços de Caldas (20 mil), de São Sebastião do Paraíso (150 anos de história), além de Betim, Contagem, Itaúna, Divinópolis e festas nos Vales, Jequitinhonha, Norte, Mantiqueira e Centro-Oeste mineiro.
As comunidades tradicionais são protagonistas dessa política. São elas que mantêm a oralidade, os trajes, a música e a fé das festas do Rosário, agora reconhecidas, protegidas e promovidas como ativos culturais e turísticos de impacto regional.
Fonte: Secult-MG