Jóquei Clube, um marco na sociedade Paracatuense (Parte 2)

Por Henrique Ulhoa

Ao longo das últimas nove décadas, o Jóquei Clube Paracatuense se consolidou como o principal centro de encontros e comemorações da cidade. Tanto a Sede Social, com seus tradicionais bailes e reuniões, quanto o Prado, com as animadas temporadas de turfe, marcaram várias gerações de moradores e cidadãos ilustres.

Acolhendo em seu quadro de associados toda a sociedade paracatuense, o Jóquei Clube se tornou referência dos comerciantes e fazendeiros que buscavam a associação para realizar pequenos e grandes negócios. Como na primeira metade do século 20 a economia do município girava em torno exclusivamente da pecuária, criadores de gado leiteiro e de corte procuravam o clube para a comercialização de lotes de bezerros.

Sede Social ao fundo. Acervo de Tarciso Keifer. Década de 1970.

À noite, a Sede Social do Clube, localizada na Praça da Matriz, onde funcionou até o início da década de 1980, recebia seus associados para animadas reuniões, bate-papos, partidas de sinuca e grandes mesadas de carteado. Durante todo esse período, as principais datas comemorativas do ano, como o Carnaval e o Réveillon, eram festejadas no salão do Clube. Era na Sede Social que aconteciam os bailes tradicionais e as eleições da Rainha do Turfe.

Já nas tardes dominicais, a animação ficava por conta das corridas de cavalo. Na primeira fase do Prado, os animais eram recrutados em fazendas da região, o que fazia prevalecer o esporte em sua essência. Já a partir de 1950, considerada a segunda fase do Prado, foi introduzido na cidade, o cavalo puro-sangue inglês. Daí para frente, o Prado se transformou em Hipódromo.

Ao longo dos anos. houve reformas e expansão das arquibancadas, construção de baias, do paddock, intercâmbio com Jóqueis de outras cidades, melhorias na pista de areia e outras obras que proporcionaram melhor comodidade ao público e aos associados.

Vista das arquibancadas e da pista do Hipódromo. Década de 1960.

Toda essa trajetória de crescimento do clube, se deve a homens empenhados e comprometidos com o sucesso da instituição. Cada presidente, ao lado das diretorias, promovera benfeitorias e melhorias que marcaram e deixaram um legado para as gerações futuras. Boa parte dessa história se encontra registrada nas atas do próprio clube e no livro Duas Histórias Uma Vida, escrita pelo ex-presidente, Zeca Ulhoa. Entretanto, a história continua, e ainda segue sendo escrita.
______________________________________________________________
Curta nossa página no FACEBOOK e nos siga no INSTAGRAM!