Expedição revela situação preocupante do Rio Paracatu

Uma expedição realizada entre os dias 10 e 13 de maio, ao longo do Rio Paracatu, constatou o que muitas pessoas já sabiam: a situação do rio é preocupante. Mesmo com o bom volume de chuva que caiu no último verão (acima das médias dos últimos quatro anos), a expedição observou que o rio está com um volume de água menor para o período, com muitos bancos de areia, pedras no leito e trechos bem rasos.

De acordo com o presidente do  Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Paracatu (CBH Paracatu), Antônio Vieira (Tonhão), o momento é de alerta total. “No balanço geral, vimos que o rio está vivo, mas precisa de muitos cuidados”. Segundo ele, em um trecho onde o rio estava seco em 2016, durante a expedição se apresentava com apenas 1 metro d’água. “Isso é muito preocupante, uma vez que nós ainda vamos passar pelo período de seca que vai até outubro” disse.

Tonhão destaca que é preciso fazer um trabalho de conservação de solo em toda a bacia, principalmente de proteção de nascentes e veredas e de recuperação de estradas rurais. “O que está sendo feito é levar informações para os usuários de água, no sentido que eles busquem técnicas de uso mais sustentáveis. Mas se não houver um trabalho sério de conservação de solo em toda a bacia, com a participação de toda a sociedade, nós não teremos mais o rio com água”.

Um bom exemplo de boa gestão dos recursos hídricos observado durante a expedição é o ribeirão Entre Ribeiros, onde é realizado um trabalho contínuo de conservação de solo. De acordo com as informações, o local onde o ribeirão deságua no Rio Paracatu, é onde se encontra água de melhor qualidade e onde está concentrado o maior número de peixes.

Em quatro dias de descida, a expedição percorreu 366 quilômetros, saindo da ponte da BR-040, em Paracatu, até o encontro com o Rio São Francisco, em Santa Fé de Minas. A ação foi promovida pelo Movimento Verde de Paracatu (Mover), em parceria com o Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Paracatu (CBH Paracatu) e o Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam) e contou com 12 integrantes: oito expedicionários e quatro pilotos, em quatro barcos.

Para ver mais detalhes do trabalho realizado durante a expedição, confira o documentário ‘Rio Paracatu – A joia preciosa do São Francisco’.


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